A vitória sobre o Joinville teve a repetição de um fato que tem sido recorrente na história recente do Avaí: os garotos da base aparecem e resolvem.

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A lista é enorme e vai aumentar. E o torcedor já começou a se acostumar e confiar. Em alguns casos, até se orgulhar.

Na partida desta quarta-feira entraram Gabriel, Jonathan, Gustavo, Wesley, João Vítor, Luan Silva e Jô. O garoto Gustavo, de 18 anos, decidiu o jogo no primeiro lance dele em campo.

É um trabalho que ganha cada vez mais repercussão no clube e no time e precisa ser fortalecido e valorizado.

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O Avaí conseguiu construir nas últimas décadas um DNA de formação e ótima captação. Muitos destes jovens não chegaram ao Avaí por determinação própria deles e das famílias. Vieram para a Ressacada porque os profissionais da base avaiana enxergaram potencial neles para desenvolvê-los.

Base foi protagonista em passado recente

Alguns já passaram e já viraram realidade. Os exemplos mais recentes são o lateral Guga, hoje no Atlético-MG, o zagueiro Gabriel, que veste a camisa do Arsenal da Inglaterra, e o atacante Raphinha, que joga no Leeds United, também na rica Premier League, da Inglaterra.

Guga e Wesley estavam no sub-20 em 2018
Guga e Wesley estavam no sub-20 em 2018 (Foto: divulgação/ Avaí FC)

Se o torcedor for fazer um levantamento vai perceber que todos os times recentes que deram alegrias tinham destaques que passaram pelo CFA.

Em 2018, o atacante Getúlio fez contra o CSA, em Alagoas, o gol que valeu o acesso. Guga estava lá, como titular na lateral direita. Em 2016, era Rômulo – aliás o melhor atacante dos últimos anos do clube – ao lado de Marquinhos, o M10, que também entra nesta conta, apesar de ter sido revelado em outros tempos, em 1999. No mesmo time, ainda havia o zagueiro Gabriel até metade da temporada. Em 2014, o mesmo Marquinhos comandava Anderson Lopes e outros jovens como Rômulo, que estava em suas primeiras aparições no profissional.

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Atacante Rômulo, hoje no Kalba dos Emirados Árabes, apareceu em 2014 nos profissionais
Atacante Rômulo, hoje no Kalba dos Emirados Árabes, apareceu em 2014 nos profissionais (Foto: banco de dados/ NSC Total)

No estadual de 2012, num Avaí comandado por Cléber Santana, o atacante da base Laércio “Carreirinha” fazia fila no Orlando Scarpelli em jogada individual pela esquerda para marcar o último gol da conquista regional contra o rival Figueirense.

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Além dos resultados de campo, são as negociações com estes atletas que tem mantido e vão continuar a manter o clube saudável financeiramente na medida do possível. O fôlego nas finanças recentemente veio de negócios diretos e indiretos com estas revelações. 

Raphinha saiu em 2016 por 600 mil euros e até hoje o clube ganha nas transferências por causa da cláusula de solidariedade imposta pela Fifa para beneficiar os clubes formadores. 

Revelado pelo Avaí, atacante Raphinha, hoje no Leeds United, foi negociado em 2016
Revelado pelo Avaí, atacante Raphinha, hoje no Leeds United, foi negociado em 2016 (Foto: reprodução/ twitter Leeds United)

Por outro lado, as contratações não têm sido o ponto forte do Avaí desde 2019. Está claro que o clube, cada vez mais, tem que olhar pra dentro e valorizar os garotos. Ao mesmo tempo, tem que ser muito exigente e criterioso na hora de contratar.

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