Na realidade, Augusto Inácio mostrou algo diferente em apenas dois momentos da curta passagem pelo Avaí.
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Em 20 minutos, no primeiro tempo, do jogo contra o Marcílio Dias, um futebol compacto, intenso, envolvente e com dois gols. Parecia que viria uma goleada. Mas depois dos 20 minutos o time morreu em campo e sofreu para segurar o resultado.
O segundo momento foi no clássico. O Avaí esteve dominante e se impôs durante 30 minutos, e depois soube se defender para definir o jogo no segundo tempo.
Foram estes momentos e só.
Era pouco realmente para alguém que atravessou o oceano atlântico para trazer novas ideias, novos métodos, na esteira do sucesso de Jorge Jesus, no Flamengo.
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Fora isso, internamente, Augusto Inácio se chocou com o grupo de jogadores e com o departamento de futebol quando constantemente transferia responsabilidades das derrotas que vieram reclamando da falta de personalidade da equipe e de contratações não feitas.
Augusto Inácio foi uma indicação de mercado ao Avaí e a definição foi do presidente Francisco Battistotti e não do Departamento de Futebol, composto por Marquinhos e Diogo Fernandes.
A entrevista de Marquinhos, após a eliminação na Copa do Brasil, deixa claro o descontentamento com o treinador. Nas entrelinhas, M10 reclamou da falta de evolução do time, da escolha de Inácio em não levar o atacante Kelvin para Araraquara, e dos treinamentos no dia a dia.
Não há como condenar o Avaí totalmente por tentar fazer algo diferente. Mas o que sempre digo é que um clube precisa saber o que quer de um técnico o seu perfil e o perfil da equipe. A curta passagem de Augusto Inácio é uma demonstração que o Avaí entrou na onda de sucesso do português Jorge Jesus e engoliu alguns processos na escolha do treinador para a temporada.
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