Reclamar para todo mundo ouvir não é o melhor caminho em qualquer relação. Principalmente quando esta relação está no início e é preciso estabelecer um grau de confiança entre as partes.
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Acontece que foi o que fez o técnico português do Avaí, Augusto Inácio, ao falar para o jornal A Bola, de Portugal. Em resumo, reclamou da falta de opções no ataque e disse que se for pra ficar assim não vai dar pra ele.
Entendo que os portugueses até tem hábitos diferentes dos brasileiros em algumas questões. Uma delas é não medir muito as palavras. Não fazem média. Falam o que pensam e doa a quem doer. Falam mesmo!
Acontece que a repercussão aqui não foi boa. Não seria boa mesmo. Neste caso, o melhor seria reclamar internamente e cobrar bastante do presidente e dos homens do departamento de futebol do Avaí. Afinal, há uma temporada inteira pela frente. Os objetivos estão lá no final do ano. E ainda não houve tempo para fechar o grupo de atletas. Como em qualquer outro time do Brasil, o Avaí ainda está montando seu grupo de jogadores.
Então a forma que foi feita a reclamação é ruim. E pode jogar contra o próprio trabalho dele, o projeto, e aquilo que está sendo construído ainda no Avaí 2020.
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Mas, cá entre nós, Inácio está certo no conteúdo. O Avaí, tirando os garotos, trouxe Rildo para o ataque – um jogador que ainda não está bem fisicamente. Avalio que poderia usar Valdívia no ataque e não no meio. Tirando isso não tem opções fortes para competir em alta, como esperado.
Então, Inácio está certo quando avalia que sem mais contratações para o ataque o Avaí “não vai”. Mas poderia ter deixado esta conversa para dentro dos muros das Ressacada.