Como escrevi aqui no fim de semana, o resultado era o mais importante. O Avaí fez o resultado, venceu o Sampaio Corrêa e entrou no G-4. Cumpriu sua missão. A partir de agora é assim. Principalmente os jogos em casa. O segundo aspecto é exatamente sobre os jogos em casa. O Leão inverteu a lógica – ou a falta de lógica do turno – e já são quatro vitórias em cinco jogos na Ressacada nesta segunda parte do campeonato. A única derrota foi no clássico, que é um jogo realmente diferente.
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Luan Pereira foi “o cara” do jogo. A partida contra o Sampaio Corrêa parece ter sido o grito de maioridade do jovem talento azurra. Aliás, jogando na dele, no meio de campo, por dentro, como sempre escrevi aqui que deveria jogar.
Com Claudinei Oliveira antes e com Geninho recentemente houve muito tempo perdido lançando o garoto aberto na esquerda. Jogando como meia, por dentro, ele distribuiu presentes, bolas redondinhas, para a virada avaiana. Ele entrou aos 22 do segundo tempo. A virada começou aos 27, com uma jogada que começou nos pés dele.
Aspectos negativos da mesma vitória
O Avaí foi dominado na Ressacada durante 47 minutos no primeiro tempo e mais 27 na segunda etapa. O adversário é o lanterninha. O Sampaio Corrêa só não matou o jogo por sua própria incompetência. Quando vencia por 1 x 0, teve chances no contra-ataque no segundo tempo e não soube definir. Só depois que fez o primeiro gol, o empate, o Avaí passou a jogar o que se esperava dele. Preocupante numa reta final de competição. Contra uma boa equipe, uma atuação ruim por tanto tempo poderia ter sido derrota.
Jogar com Marquinhos em casa, tudo bem. Mas jogar com M10 aberto na esquerda, no ataque, não dá. Ele é um organizador, passador. Não dá pra colocar o ídolo avaiano num espaço de campo onde é preciso velocidade. Nem pra correr atrás do lateral adversário. Geninho pisou na bola com o capitão, que praticamente esteve inutilizado no jogo e saiu sem ter contribuído, como fez contra o Vila Nova e o Juventude.
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O zagueiro Marcão teve uma péssima estreia. Errou quase todos os lances que participou. Talvez não esteja adaptado ao sistema com três zagueiros – Geninho falou sobre isso na coletiva pós-jogo –, talvez tenha sentido a responsabilidade da estreia. Mas, era leitura que o treinador tinha que ter feito. Se disse que colocou Getúlio porque sabe o que vem fazendo nos treinamentos e quem não acompanha não sabe, deveria saber que Marcão não estava pronto ou não saberia jogar com linha de três.
Geninho sentiu a pressão
Com toda sua experiência, Geninho sentiu o golpe e a pressão no sábado. Chamado de burro pela torcida, escolheu a imprensa para brigar, justificando os erros cometidos na escalação e em algumas alterações durante o jogo. O fato é que o Avaí jogou muito mal contra o lanterna da competição, em casa, até os 27 do segundo tempo. Só foi jogar depois do primeiro gol, justamente aos 27 da segunda etapa.
O time estava nervoso e errava bastante. Foi dominado e escapou de perder em casa pela incompetência do adversário. Geninho, obviamente, não vai brigar com sua torcida neste momento do campeonato. Usa o velho expediente de brigar com a imprensa, criando o inimigo comum de sempre para esconder os erros que quase fizeram o Avaí perder o jogo, em casa, para o lanterna.