Na entrevista coletiva do último domingo, o técnico Hemerson Maria respondeu com um “vocês são muito bem informados” a uma pergunta sobre a proposta da Chapecoense a ele. Ao mesmo tempo disse que teve quatro propostas desde que assumiu o Figueirense. Já havia publicado aqui mesmo e dito na rádio que a Chape fez sondagens ao treinador e ocorreu em dois momentos.

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Primeiro no domingo à noite, depois da demissão do técnico Claudinei Oliveira. Um emissário fez a sondagem, um empresário muito ligado ao clube do Oeste. Depois, durante a semana, o próprio presidente Maninho ligou para Maria, segundo o que apurei. A conversa não evoluiu porque Hemerson está muito fechado com o Figueirense, não é de quebrar seus vínculos, e acredita no projeto atual da direção alvinegra.

A Chapecoense fazia ao mesmo tempo muitas outras sondagens a treinadores, como Enderson Moreira, Milton Cruz, Vanderlei Luxemburgo, Gilson Kleina e agora Mancini. As outras três sondagens que Hemerson Maria teve foram do Coritiba, na saída de Argel, do Atlético-GO, e do Guarani, que contratou Vinicius Eutrópio.

Lição para Pereira

A primeira lição é individual. O zagueiro Pereira não é mais garoto para fazer o que fez em campo no domingo, no Orlando Scarpelli. O erro no primeiro gol acontece, mas é desatenção. Ele joga numa posição que exige o máximo nível de atenção. Uma posição onde os erros não são perdoados.

Mas o mais grave foi a expulsão. Errou de novo na saída de bola, foi pressionado e agrediu e foi agredido. Irresponsabilidade demais com os companheiros, com o jogo coletivo e com a própria carreira. Talvez quisesse provar que pode algo a mais, mostrando que o erro do primeiro gol já havia passado. Errou de novo. Tem que ser cobrado. É um bom jogador, mas parece ter uma cabeça complicada. Missão para a comissão técnica.

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Lições coletivas

Para o time, fica a mensagem de que é preciso, e pode ter, mais coragem para desenvolver o futebol do que vinha desenvolvendo. A equipe foi corajosa para pressionar, mesmo quase sempre com um homem a menos, e fez de forma organizada. O Figueirense pode criar mais confiança a partir dessa derrota. Pode fazer mais do que vinha fazendo em termos de agressividade e criação. Além disso, Juninho passa a ser ótima opção no lado direito, na frente. Jogou muito bem como um lateral ofensivo. Outro que ganhou a vaga foi Brunetti, muito mais participação e bola do que Matheus Destro, que vem muito mal.

Pra fechar o pacote, falta um centroavante. Rubens foi mal outra vez, principalmente no ofício de “homem de área”. João Diogo é ainda um garoto, bom de bola, mas muito jovem ainda. Assim como Matheus Lucas, que é o mais efetivo dos três e merece ser o titular.