Argentina é coração; França é precisão

Chegaram os finalistas esperados. Pelo menos dois entre três favoritos, como já escrevi aqui antes. Mas é preciso analisar que chegaram as duas melhores seleções da Copa do Mundo do Catar. França e Argentina fizeram caminhos e trajetórias completamente diferentes, mas cumprem o esperado e vão disputar a Taça Fifa no domingo.

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A França é precisão porque parece que o lugar dela estava lá reservado e nada poderia impedir. Não houve turbulência, não houve drama, não houve um grande desafio. O França veio, viu e venceu… pelo menos até agora.

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O máximo grau de desafio francês na Copa do Mundo foi a partida contra a Inglaterra, nas quartas de final. Mas vamos combinar que a turma de Deschamps e Mbappe nunca esteve sequer próxima de uma ameaça de eliminação. O drama foi inglês naquela noite no Al Bayt.

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A Argentina foi drama, paixão, emoção e até encantamento. Estive em cinco dos quatro jogos da Argentina, vivendo a atmosfera e percebendo o que a “Scaloneta” entregava a cada desafio.

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A Argentina tropeçou, se reinventou, cresceu e agora parece imparável. Da derrota na estreia à vitória gigantesca na semifinal, muita coisa aconteceu. Diferentemente da França, a Argentina conviveu com a ameaça de eliminação duas vezes. A primeira na fase de grupos, depois de perder para a Arábia Saudita. A segunda, ao deixar a Holanda empatar um jogo que parecia ganho nas quartas de final.

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As trajetórias das equipes são similares às dos ídolos das duas finalistas. Mbappe fez uma Copa reta, forte e precisa. Decisivo até as oitavas, não teve o mesmo brilho nas quartas, mas voltou a fazer estragos na semifinal.

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Messi era desarmado por qualquer “João” na primeira partida. Chega à final desequilibrando zagueiros e assistindo companheiros para gols decisivos. Cresceu a partir dos jogos de mata. Não foi tão decisivo como Dibu Martinez nos pênaltis nas quartas, ou Julian Alvarez com os gols nas semifinais, mas liderou o time e encantou os mais apaixonados.

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O que vai acontecer domingo em termos de resultado é impossível prever. Mas o Catar já foi abençoado. O futebol vence com qualquer campeão. França x Argentina, Mbappe x Messi, representam a final que todos queriam e mereciam.