A imagem é, no mínimo, curiosa. Antes da partida entre Avaí x Sampaio Corrêa, válida pela última rodada da Série B – jogo que rendeu o acesso ao Avaí – o experiente árbitro Marcelo de Lima Henrique, de 50 anos, é aplaudido e exaltado pela torcida na Ressacada. O vídeo viralizou, rodando bastante nos grupos de mensagens.
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O normal é o contrário. Em 99% dos casos, o árbitro é xingado ao colocar a cabeça para fora do vestiário em qualquer estádio pelo Brasil. O vídeo mostra ainda que, surpreso, Marcelo de Lima Henrique retribui a saudação com um gesto “pedindo mais”, incentivando o torcedor a cantar ainda mais alto.

Pois foi esse gesto de retribuição que gerou a punição interna dada pela corregedoria da Comissão de Arbitragem da CBF. O assunto já circulava nas conversas entre árbitros e ex-árbitros e o que consegui apurar foi que realmente houve a suspensão interna de 30 dias aplicada a Marcelo de Lima Henrique.
Um mês de afastamento, que na prática significou ficar fora das duas últimas rodadas do Brasileirão e não ter a possibilidade de estar entre os cotados para as duas finais da Copa do Brasil entre Atlético-MG e Athletico-PR.
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Entre os árbitros a discussão está aberta, afinal os xingamentos de sempre são tolerados e quando há um elogio, o árbitro acaba suspenso. A justificativa interna da corregedoria é que Marcelo de Lima Henrique não foi punido pelos elogios, mas sim pelo gesto que fez, que foi considerado inadequado.
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O jogo entre Avaí e Sampaio Corrêa terminou com vitória avaiana por 2 x 1 e teve um lance polêmico, que foi o pênalti batido e perdido por Edílson e que a arbitragem mandou voltar. Na segunda cobrança, Valdivia fez o gol de empate para o Avaí. A decisão, neste caso, nem foi do árbitro central. Foi do VAR.