O Figueirense chega às semifinais do Estadual expondo limites do time e do grupo atual. Mesmo na partida da última quarta-feira, o empate com a Chapecoense, em que mostrou mais qualidade e força para reagir duas vezes. Só que enquanto Ney Franco tirava de um lado Rildo e Augusto do banco, como alternativas para mudar o jogo e sair das dificuldades, Hemerson Maria apostava em jovens recém promovidos da base do clube para tentar reagir. Isso faz muita diferença no ajuste fino, na hora de levar ou não.

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O Figueirense que vai decidir o estadual é este que está aí. Não tem mais de onde tirar. Pode levar, mas vai ter que contar com o máximo dos seus principais jogadores. Denis, Zé Antônio, Betinho e Alípio vão ter que mostrar o máximo para que o time encare com chances os adversários que vai ter na disputa pelo título.

Em crescimento

A Chapecoense das últimas rodadas é outro time. Principalmente do meio pra frente. Passou a jogar. Antes só se defendia esperando um contra-ataque. A chegada de alguns jogadores e o trabalho realizado pelo interino Emerson Cris deram um pouco mais de jogo ao time. Entre os atletas estão o meia Campanharo, o volante Augusto, os atacantes Rildo e Aylon e o próprio Victor Andrade, que esteve muito tempo fora. O trabalho de Ney Franco ainda nem apareceu. A tendência é de desenvolvimento e um maior crescimento para decidir o estadual. A Chape pode ficar muito forte, mesmo que precise decidir fora de casa a competição, se alcançar a grande decisão.

Camisa e tradição

Não é só o momento que traz ao Criciúma uma condição privilegiada nesta rodada final. O Tigre depende somente do resultado dele. Mas essa tradição e esta camisa vencedora podem fortalecer o time agora, para decidir a vaga e, depois, numa eventual semifinal. O Criciúma cresceu no ataque também, com as chegadas de Vinicius e Léo Gamalho. Ganhou com o comando e a experiência do técnico Gilson Kleina. O torcedor vem junto, sempre na esperança de ver esta força em campo e superando dificuldades e adversários tradicionais.

Leve e confiante

O Avaí, líder do Estadual, chega também leve e cheio de confiança. Tem o comando firme de Geninho, com sua experiência e condução. Tem a melhor defesa, o melhor ataque, teve a classificação antecipada e a liderança confirmada. Em resumo, o Leão está forte e tem alternativas de time e sistemas, como já se viu durante a competição. Fazia muito tempo que o Avaí não chegava tão confiante e com uma relação tão forte com sua torcida. Jogando em casa, o time tem sido quase perfeito. Decidir em casa pode ser também um grande trunfo.

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Ainda dá

O Marcílio Dias deixou escapar uma classificação sólida e que até poderia ser antecipada. O returno ficou muito abaixo. Mesmo assim, ainda dá para buscar a vaga que, se for do Marinheiro, vai ser por merecimento.

Mas a realidade é que o time fraquejou na hora H, na hora de definir sua condição de finalista. Mesmo que não chegue mais, o time de Itajaí será lembrado. Foi uma belíssima campanha de uma equipe com qualidade

coletiva e individual.