Na cerimônia de lançamento do Catarinense 2019 não faltaram discursos empolgados. Os dirigentes, cada um de acordo com a sua realidade, vendendo sonhos e possibilidades. Não há nada contrário a isso. É preciso mesmo ter ambições, ainda mais num campeonato tão aberto como se desenha o Estadual. Os grandes não estão tão grandes, nem os pequenos precisam se colocar nesta condição. Talvez o exemplo do Figueirense seja o mais claro. Foi o discurso mais modesto entre os grandes, e o Figueira é o atual campeão. Mas tem a noção real do seu momento atual e as dificuldades de início de temporada.

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A Chapecoense é a favorita, mas a fórmula do campeonato abre muito a disputa. O Avaí vem logo depois, mas tem um foco no Brasileirão. Figueirense, Criciúma e Joinville ainda são grandes incógnitas. Isso abre muito espaço para os menores. E os dirigentes parecem perceber a possibilidade e estão buscando dar condições para suas equipes – pelo menos o discurso foi esse na apresentação do Estadual. Se a empolgação dos dirigentes for realidade dentro de campo, o Catarinense 2019 pode ser um campeonato cheio de surpresas.

Um bom produto

Talvez em outras praças o estadual tenha perdido muito da atenção do torcedor. Como no Rio de Janeiro, onde Flamengo e Vasco já não levam mais os “milhões” que deram o apelido ao clássico. É claro que não há uma comparação de grandezas nesta argumentação. Flamengo e Vasco seguem sendo gigantes do futebol nacional. O que perdeu espaço foi o Estadual do Rio. Só que aqui em Santa Catarina o que se vê é o contrário.

O campeonato cresceu como produto nos últimos anos. Talvez com a visibilidade maior dos clubes no cenário nacional. Mas há algo que não deixa o Catarinense diminuir, que é a forma como ele se mantém um campeonato equilibrado. Os grandes geralmente levam, mas entre eles há uma disputa muito forte.
A comercialização do Catarinense nos últimos anos tem sido reflexo desse crescimento. E a tendência disso é gerar ainda mais desenvolvimento.

Os destaques iniciais

Está mais claro agora, mas desde dezembro era um cenário bem provável. Os técnicos começam o Catarinense 2019 como as estrelas da competição. Já escrevi sobre isso no ano passado, quando o Tubarão trouxe Silas, o Figueirense contratou Hemerson Maria, e Paulo Baier apareceu como novidade no Brusque. Mas não são somente eles.

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Doriva tem dado muita esperança ao torcedor do Tigre, com um discurso claro e ideias para desenvolvimento de um time forte e competitivo. Ainda há Geninho e toda sua experiência no Avaí, e Claudinei Oliveira como atração na Chapecoense. Dentro de campo os candidatos a destaque ainda vão ter que se escalar. Não há por projeção um jogador que carregue este peso ou este respaldo.