Já passavam dos 43 do segundo tempo. Messi recebeu a bola de frente para a última linha de defesa da Austrália, conduziu, driblou, chamou a marcação e limpou o lance. Sutilmente rolou com a canhota para Lautaro Martinez, que estava livre à sua esquerda, como quem diz o famoso “faz e me abraça”. Lautaro teve a cara de pau de errar o alvo.
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Mas Messi é líder e não pode deixar seus meninos de cabeça baixa. Fez de novo, quase um replay do lance anterior. Mesmo cenário. Passe na medida em tabelinha com e para Lautaro livre e mais próximo do gol australiano. “Me consagra, Lautaro!”. E o camisa 19 errou mais uma vez. Inacreditável.
Seria o final perfeito para uma primeira grande atuação na Copa daquele que era o mais esperado e é o mais festejado por todos nas ruas do Catar. Messi já havia feito o primeiro gol da Argentina, praticamente sozinho, já havia corrido, driblado e entortado os duros adversários. Estava tudo ali em campo, como todos esperavam dele.
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Se Lautaro tivesse feito um dos dois gols que Messi deu de presente pra ele, a noite teria sido mais que perfeita. No final, no último lance, a Argentina quase toma o empate. O goleirão, também Martinez, só que bom, fez uma defesa milagrosa e salvou a noite de Messi e da seleção.
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Messi não fez uma boa primeira fase de Copa do Mundo. Teve brilhos de ocasião, como o gol contra o México, mas perdeu o pênalti ainda no 0 x 0, na vitória sobre a Polônia. Mas agora parece que finalmente desembarcou em Doha.
Mesmo visivelmente cansado, mesmo contra uma seleção que tem muitas limitações (quase um Eibar das Copas) e não é um grande rival, Messi foi Messi. Fez gol, fez fila, quase fez golaço e deixou companheiros na cara do gol. E agora o desafio está lançado. Quem vai conseguir parar o astro?
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