Ainda há tempo e é preciso mobilizar o torcedor para brigar junto com o Avaí nesta reta final da Série A. A mobilização é muito mais do que baixar o ingresso para os jogos que restam. Mobilizar é envolver e fazer o torcedor comprar a briga. É algo que foi feito em 2010, quando o Avaí se salvou, e também nas temporadas 2011, 2015 e 2017, quando o Avaí, apesar da mobilização, caiu para a segunda divisão.
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No próprio jogo contra o Palmeiras, em 2017, houve uma mobilização absurda de torcida e o Leão venceu por 2 x 1 na Ressacada, pela 36ª rodada do Brasileiro daquele ano. Eu estive lá e pude acompanhar a atmosfera de luta que unia time e torcida e que levou à vitória naquele jogo, com gols de Marquinhos e Lourenço, que mantiveram a esperança de permanência. Foram 11 mil torcedores presentes.
Discurso atual é de aceitação
É diferente do que se vê agora. Não há um discurso de convocação, não há uma palavra mais forte junto ao torcedor. Nem nas rádios, nem nas redes sociais, que o clube poderia utilizar.
O que transparece da Ressacada é uma aceitação ao cenário atual, que indica um futuro na segunda divisão. Não se trata de demagogia, mas de uma obrigação que o clube tem. Enquanto há jogos, é preciso lutar com todas as forças e fazer o torcedor participar disso.
O discurso de aceitação do Avaí já vem de algum tempo e está equivocado. A história mostra que as arrancadas são possíveis – aliás, até mesmo a história do Avaí. Por um simples motivo: quem está na parte de baixo da tabela perde mais do que ganha, soma poucos pontos. Qualquer equipe que faça uma arrancada de quatro, cinco ou seis jogos com vitória, volta pra briga.
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