Não foi um jogo com bola no pé, com desenvoltura e toque de bola. Mas era o roteiro para uma decisão. Estes jogos, normalmente, são assim. Vale muito mais a disputa, a luta por todas as divididas dentro de campo. Foi assim que o Avaí garantiu o acesso, que estava tão próximo, mas precisava ser carimbado definitivamente. Foi o mesmo Avaí focado das partidas anteriores que esteve em campo.

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Ganhando as disputas individuais, encurtando a marcação, amarrando os lados do campo da Ponte Preta e tendo até as melhores chances na partida. A melhor delas com Rodrigão, já aos 45 do segundo tempo. Ao final ficou clara a maior força do Leão, que mostrou o tempo inteiro que queria mais e que merecia mais também.

Na luta e na bola o Avaí venceu, ao empatar com a Ponte Preta, e garantiu mais um acesso em sua história. Como escrevi, o clube mostra crescimento e amadurecimento. Bater e voltar na Série B é coisa de time forte. O Avaí foi forte e vai jogar a elite em 2019.

Um acesso inteiro

Das 38 rodadas, 27 o Avaí terminou no G-4. Não há o que contestar no novo acesso do Avaí. Foi construído com solidez. Com um grupo que foi qualificado no início da competição, com chegadas importantes como a do artilheiro do time, o atacante Renato. De um grupo que tem lideranças representativas, como Betão, um monstro dos últimos três anos no Avaí, e Marquinhos, o ídolo que todo time precisa.

Um time que foi forte jogando fora de casa e que se fortaleceu durante a competição jogando na Ressacada. Um time que foi se transformando e se adaptando a algumas circunstâncias, como a perda do zagueiro Alemão. Que começou com três zagueiros e terminou com uma defesa muito forte, a segunda menos vazada na competição. Diferente de 2016, que teve a arrancada do segundo turno. Diferente de 2014, um time que oscilou e quase perdeu a vaga. Muito parecido com 2008, um time que jogava bola e foi consistente.

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Os garotos mandaram muito bem

O time que subiu tem uma marca. O Avaí revela bons jogadores. Guga era a bola da vez para a temporada. E fez um grande ano. Evoluindo no jogo a jogo, o garoto demostrou um futebol de quem vai fazer uma carreira vencedora. Romulo saiu no meio do caminho, mas deixou sua marca com gols importantes. Perseguido por algumas cobranças mais insistentes, ele sempre soube responder dentro de campo.

Getúlio entrou justamente para substituir Romulo. E foi muito decisivo em momentos que definiam o acesso do time. O próprio Luan Pereira, que jogou menos, teve a sua importância. Ajudou a virar um jogo em momento chave. A derrota parcial para o Sampaio Corrêa virou vitória com os passes dele. Este é um caminho importante pra qualquer clube. O Avaí faz certo. O acesso teve o carimbo fundamental da base.

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