O agora ex-gerente de futebol do Figueirense, Wilson, deu suas justificativas para a decisão de deixar o cargo, de sair do Figueirense, neste momento tão complicado do clube.

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Avaí merecia mais; Figueirense se afunda no início da Série C

Seja a argumentação pelo projeto que se rompeu, já que ele citou o projeto com Marco Aurélio Cunha, com Enrico Ambrogini, que era o projeto que ele acreditava; seja pela preservação da imagem, a preservação da idolatria, já que ele também falou sobre isso, que construiu uma história e que não poderia colocar em risco essa história com questões que envolvem suposições sobre José Carlos Lages estar mandando ou não mandando no futebol do Figueirense; seja por questões pessoais, também mencionadas por ele já no final da entrevista, a realidade é que o torcedor do Figueirense esperava mais de Wilson.

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Confira imagens da passagem de Wilson como gerente de futebol do Figueirense:

Wilson está deixando agora uma imagem ruim para o torcedor do Figueirense. Está arranhando a sua história como ídolo do torcedor. Porque mesmo como ídolo, ele está, na prática, abandonando o Figueirense no momento em que o Figueirense mais precisa.

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Sim, é o momento em que o Figueirense está afundado na zona de rebaixamento, na lanterna da série C do Campeonato Brasileiro, com uma ameaça forte no início da competição de queda para a série D.

E há uma grande incoerência no posicionamento dele. Wilson falou de forma positiva do time que foi montado por ele, por Enrico Ambrogini e por Carlos Henrique de Carvalho – os homens que fizeram o futebol do Figueirense até este momento na temporada. Se Wilson confia no time, por que não fica para comandar a reação do Figueirense no campeonato?

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O Figueirense está numa pior e precisava de nomes como ele, em quem a torcida confia, ou confiava, para tocar o projeto, para segurar as pressões e cuidar do clube. Afinal, o compromisso de Wilson era com Ambrogini ou com o Figueirense e a história que ele construiu lá?

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Wilson está largando e mostra fraquezas, fragilidades, que são naturais de um profissional que acabou de sair do campo para vir para essa função muito mais dura, de linha de frente, de comando em um clube de futebol do tamanho do Figueirense. Mas precisa definir o que quer também para sua sequência profissional: a carreira de executivo ou a carreira de ídolo que tenta preservar sua imagem?

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O torcedor confiou nele. A relação dele com a torcida do Figueirense sai arranhada desse processo. E no todo da entrevista desta terça-feira, a impressão que passou é aquilo que não foi dito – que Wilson experimentou a função, não gostou a da realidade do dia a dia e das pressões, e decidiu que não está afim.