Depois da vergonhosa derrota que o Figueirense fez seu torcedor vivenciar na noite deste domingo, a pancada de 4 x 0 do Náutico, o técnico João Burse veio na entrevista coletiva para repetir o discurso fraco, repetido e sem convicção de que ainda vai buscar a classificação, de cobranças internas e chateação no vestiário, e que o time tem que “virar a chave” depois de mais uma derrota.
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Se fosse alguma questão pontual, até seria aceitável ouvir de Burse a tal frase da “virada de chave”. Acontece que ele já falou isso inúmeras vezes após derrotas ou tropeços do Figueirense – desde o Estadual. E rodada a rodada, o técnico não consegue fazer a tal “virada de chave”. Na realidade, a grande “virada de chave” que o Figueirense vem efetivando é estar a cada rodada descendo a tabela, perdendo rendimento, e tendo derrotas como as contra o CSA e o Náutico. O Figueirense está virando a chave para disputar apenas a permanência na Série C.
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Se o Figueirense ainda quiser algo nestas últimas seis rodadas, a única saída é tentar realmente mobilizar o time e a torcida. São três jogos em casa e três fora. E João Burse fala de uma classificação que nem ele mesmo parece acreditar. Burse já teve toda a temporada para conhecer o time, suas deficiências e suas poucas virtudes. E mesmo assim não consegue acertar minimamente a equipe. O coelho tirado da cartola neste domingo foi voltar com Gledson no time titular.
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O Figueirense não pode contratar jogadores, mas ainda tem seis rodadas para tentar alguma coisa. Mantém salários em dia, mas com discurso público que a Recuperação Judicial é prioridade. Ou seja, não há cobranças pela briga por aquilo que é o sonho do torcedor, que é voltar à Série B. Fica confortável pro grupo de jogadores e até pro técnico João Burse – salários em dia e cobrança mínima. A tentativa que o Figueirense pode fazer, se ainda quiser algo em seis rodadas, e com o Transfer Ban ativo, passa pela única alternativa que pode ter, que é pensar em trocar o comando técnico e tentar uma mobilização final.