Havia mesmo uma tensão nesta sexta-feira em relação ao que poderia vir do Governo do Estado. Os números produzidos pela pandemia em Santa Catarina nas últimas semanas não indicavam um cenário para liberações, muito pelo contrário.

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O futebol, infelizmente, não vive num mundo diferente. Mesmo que tenha feito protocolos, mesmo que tenha alinhado e realinhado procedimentos, é preciso entender e aceitar que Santa Catarina vive o pior momento no combate à pandemia. Os casos vêm aumentando e as mortes, tristemente, também.

Outros estados vêm liberando, mas o tempo vai dizer quem tomou as decisões mais corretas. Talvez o futebol não se torne, nos estados pelo país, o grande vilão da história. Só que quando se está numa posição de tomar decisões pelo coletivo, como as autoridades de saúde estão, não é possível arriscar. O risco normalmente cobra um preço muito alto e neste momento estamos tratando de preservar vidas. Então, refletindo de forma muito consciente, não há como não entender que a decisão tomada agora é a mais acertada.

E o futebol muito provavelmente vai ter que conviver com a ideia de que o Campeonato Catarinense 2020 teve um asterisco, porque não vai poder ser finalizado por conta de uma pandemia. É o menor dos problemas, mesmo que não seja uma ideia que agrade esportivamente. Mas Copas já foram canceladas por conta de guerras em momentos extraordinários na história. É o que vivemos agora – um momento extraordinário. Então vamos conseguir conviver com este cancelamento da competição – se confirmado – e superar esta lacuna.

O maior problema ainda precisa ser resolvido. E futebol pode aceitar e dar sim a sua contribuição pra isso.

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