Se houve um atleta que teve força interior e vontade de vencer nesta temporada, este foi Marquinhos Silva. Começou 2018 ainda esperando resolver a questão na Justiça Desportiva e comprovar sua inocência na acusação de Dopping, que vinha ainda de 2016. A sentença de absolvição foi a primeira conquista. Lembro de ter conversado com ele na CBN Diário logo após o resultado do julgamento. Estava aliviado, mas já deixava transparecer aquele inconformismo de quem sabia que ainda não estava acabada a luta.

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Ele precisava voltar e mostrar. Com as portas fechadas pela diretoria do Figueirense, depois de três temporadas e muita identificação, não teve dúvidas de aceitar a proposta do Avaí. “Atravessou a ponte” sabendo que teria a ira dos alvinegros e a desconfiança dos avaianos. Não levou nada disso em consideração. Foi a luta mais uma vez. Precisava recuperar a forma e vencer lesões que incomodavam. Precisava esperar um lugar no time e uma brecha difícil de um time de três bons zagueiros: Alemão, Airton e Betão. Mesmo com a negociação de Alemão, estava difícil, pois o time foi se acertando com dois zagueiros e, portanto, uma vaga a menos na defesa.

Mas o prêmio veio ao final da temporada. Com as suspensões de Betão e Airton por algumas vezes, pôde mostrar seu trabalho e qualidade. Marquinhos terminou o ano titular e fez um grande jogo contra a Ponte Preta, garantindo o 0 x 0 no placar. Foi eleito o “craque do jogo” na CBN Diário. É um vencedor. Foi um vencedor. Merecedor de todo aplauso e todo reconhecimento. Venceu muitas batalhas em uma única temporada. E, neste momento, a torcida avaiana pede a sua permanência para a Série A 2019. Tem que ficar!