Infelizmente, qualquer clube sem dinheiro e com muitas dívidas precisa negociar atletas para tentar fazer caixa. E quanto mais difícil a situação do clube, mais ele queima antes do tempo os seus “ativos”. A saída do atacante João Diogo para o Atlético-MG é reflexo disso. Segundo o que apurou o repórter Kadu Reis, da CBN Diário, ele segue para Belo Horizonte por empréstimo, mas com valor fixado para compra ao final desta temporada.

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Deve entrar um dinheiro menor agora e, talvez, algo maior depois. Digo “deve” porque não se sabe os valores e nem os moldes da operação – afinal de contas comunicação e transparência não são pontos fortes desta gestão da empresa que comanda o futebol do Figueirense, muito pelo contrário. João Diogo é mais um que vai. Já foram negociados o zagueiro Wesley, o volante Pierre e o goleiro Victor Caetano, que foi para o futebol português.

Outro que está na mira dos negócios alvinegros é o zagueiro/lateral Brunetti, que foi até fazer passaporte italiano para ver alguma possibilidade na Europa. Se o clube estivesse bem, estas negociações serviriam como possibilidade de fazer caixa e, certamente, seriam feitas com valores maiores. Mas o que parece é que o clube está correndo atrás de negócios para se segurar financeiramente – o que nunca vai ser o ideal. João Diogo pouco jogou. A torcida tinha uma esperança nele.

Manutenção de percentuais

No manual da boa gestão, algo que pode proteger o clube é a manutenção de algum percentual de direitos econômicos dos atletas. O Avaí fez isso com alguns, como o atacante Raphinha, o zagueiro Gabriel e o lateral Guga.

No futuro, este percentual mínimo pode render um valor ainda maior. Mesmo que sejam apenas 15% ou 20% dos direitos econômicos, numa futura negociação com valores maiores, este percentual passa a valer bem mais também.

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Não é possível dizer se o Figueirense está praticando esta política. Como disse, não há nenhuma transparência na direção atual, mas é algo que deveria ser uma exigência. Afinal, o clube está penando financeiramente. Seria uma forma de proteger os “ativos”, ao invés de “queimá-los” prematuramente. A vitrine para João Diogo passa a ser o time de Minas Gerais.

Clássico difícil para os dois

Figueirense e Criciúma se enfrentam precisando vencer. Os dois. Nas últimas duas rodadas, foram quatro partidas e apenas um pontinho somado. É quase nada. O Criciúma não jogou nada contra Vitória e CRB. Frágil no ataque e exposto na defesa. Perdeu duas partidas em que poderia ter feito, no mínimo, quatro ou três pontos. O Figueirense não teve atuações tão ruins. Foi bem contra o Londrina, mas caiu na armadilha do Paraná, na última terça. Fez apenas um ponto em duas partidas em casa contra adversários diretos. É praticamente nada. O clássico catarinense da Série B coloca duas equipes precisando dos três pontos frente a frente. O empate não é bom pra nenhuma das equipes. Vai ser uma clássico tenso no sábado.