A Chapecoense tem o direito de se sentir prejudicada pela forma como terminou a disputa, o que é diferente de ter razão. O jogo não foi encerrado pela invasão dos torcedores. Houve o procedimento normal de checagem do último pênalti, com a revisão do VAR, e até mesmo as pessoas que invadiram o campo acabaram aguardando uma decisão. Depois da checagem, começou a festa do torcedor, que, é verdade, não deveria ter invadido.
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Sobre o procedimento do VAR, não há o que contestar. O protocolo foi seguido e, como não houve uma imagem definidora, a marcação de campo não foi alterada. É claro que há uma grande irregularidade na invasão e o Avaí terá que responder por isso. Mas é uma outra questão, que deve ter a sua denúncia e também julgamento. Anular o resultado do campeonato não parece ser algo real, mesmo que a Chape tenha direito.
Repercussão nacional
O lance da decisão Catarinense foi discutido em vários programas nacionais, em várias mesas redondas, e por muitos ex-árbitros que atualmente são comentaristas. Ninguém conseguiu cravar que a bola entrou ou que a bola não entrou. A maioria percebe que a parte da bola que tocou o chão, tocou dentro do gol. Mas quando a pergunta foi sobre a circunferência da bola, se estava toda para dentro do gol, ninguém soube precisar. E todos concordaram que o procedimento foi correto, com o VAR e a manutenção da marcação de campo, seguindo o protocolo, que determina que não pode haver alteração da marcação de campo sem que haja uma certeza na cabine.
É realmente difícil de analisar, assim como é difícil fazer o torcedor, em geral, entender que uma bola tocar dentro do gol no chão e não ter cruzado integralmente a linha de gol. Mas a regra é assim. Tem que cruzar toda a linha. Talvez o que tenha ocorrido no lance tenha sido realmente isso: a bola teria tocado o chão dentro do gol, mas sem cruzar a linha.
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