É difícil encarar a realidade, mas, aos poucos, o Criciúma vai deixando a briga pelo acesso à Série A. E não é só uma questão matemática. Pela matemática há motivos de sobra para confiar no acesso. O problema é o que o time vem rendendo em campo. E pior que isso: o que os principais jogadores estão desempenhando.
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Falo de Fabinho, Rodrigo, Arílson, Marcelo Hermes e principalmente Fellipe Mateus. São jogadores fundamentais e que estão abaixo do que já apresentaram. Fora outros como Vizeu, que está machucado, e Marquinhos Gabriel, que está irreconhecível e nunca foi, nesta temporada, o fator de desequilíbrio pró-Criciúma que se esperava dele.
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Já escrevi aqui antes sobre as oscilações do Criciúma na competição. Aquele time que vencia partidas fora de casa não existe mais. Em 11 partidas do returno, o Tigre tem quatro vitórias – as quatro no Heriberto Hulse, contra Londrina, Mirassol, Ponte Preta e Vila Nova. Fora de casa, o Criciúma tem acumulado derrotas. Foram dois empates e CINCO derrotas como visitante nesta segunda parte da competição.
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A esperança são os jogos em casa. São oito rodadas finais, com cinco no Heriberto Hulse. O time que parece sem alma em campo precisa voltar a mostrar o melhor.
Neste domingo, o presidente Vilmar Guedes, em entrevista ao canal de youtube Visão de Jogo, dos colegas Renato Semensati e Alex Dagostim, falou em começar nesta semana uma mobilização junto à torcida para os jogos que o Tigre ainda tem no Heriberto Hulse. É necessário, mas a torcida do Criciúma sempre esteve mobilizada. É o ponto alto da temporada inteira.
O que a direção precisa fazer de verdade é uma mobilização interna. Trazer o melhor do time de novo. Recuperar jogadores machucados. Concentrar esforços no acesso. O Criciúma perdeu a chama competitiva do jogo a jogo. Se não recuperar essa força para os jogos ques restam, em casa e fora de casa, corre o risco de ficar fora da briga antes mesmo do final da competição.