A ansiedade da torcida é enorme. A todo momento acessando nossas redes sociais ou até nossos telefones e a pergunta é a mesma: já há uma definição sobre a saída da empresa do Figueirense? Ninguém quer mais a Elephant comandando o clube, e não há mais mesmo como seguir.
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Todas as incompetências já foram expostas. Do que é apurado junto aos representantes do Conselho Consultivo, a mensagem é que a empresa vai sair, seja com um acerto amigável ou pela via judicial. Mas nos bastidores, por outro lado, o que apurei é que Cláudio Honigman segue dando ordens dentro do clube, e até sorridente.
Para pessoas próximas disse que não vai sair. E outra informação que apurei nesta é que a empresa segue atrás de um técnico para substituir Vinicius Eutrópio. Portanto, é um quadro indefinido e que vai se arrastando no clube.
O certo é que nas mãos desse pessoal da empresa o Figueirense segue agonizando, sem alimentação, sem roupa, sem lavanderia, sem transporte, sem treino na base, salários do profissional atrasados, sem credibilidade, sem respeito, sem dignidade. O gigante Figueirense de 98 anos não poderia estar passando por tudo isso.
O gol e o VAR
Recebi a mensagem durante do Debate Diário. A história contada emocionou, pois não é difícil se colocar na pele das pessoas que estão vivendo dentro do Figueirense. O colega Roberto Alves estava ao vivo no Jornal do Almoço e anunciava o que ouviu de representante do Conselho Consultivo: que estava definida a saída da empresa, fosse da forma amigável ou pela via judicial. Neste momento, no refeitório do clube, no estádio Orlando Scarpelli, funcionários do clube comemoravam a notícia e a voz de Roberto Alves, com sua mensagem, como se fosse um gol.
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“Amigo, aconteceu uma cena fantástica aqui no refeitório do clube. Na hora que apareceu a notícia do Roberto Alves, da provável saída da Elephant, parecia um gol do Figueirense. Foi uma gritaria! Vocês não têm noção. Funcionários mais velhos chorando de alegria. Parece que fomos libertados, alforriados. Estou até emocionado”.
Acho que o depoimento dá um pouco mais a noção do que estão vivendo os mais antigos, os mais novos, os funcionários que fazem o Figueirense. Não é a primeira vez que publico alguma coisa como esta mensagem que recebi. Não é possível não se colocar no lugar deles. Acontece que o gol que o Bob marcou, trazendo a informação, ainda precisa de checagem de VAR, porque quem negocia está lidando com uma pessoa que não se mostra disposta a fazer as coisas por bem. Então, vamos todos aguardar a definição ainda para que a notícia possa ser celebrada como gol, com VAR e tudo.
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Atletas seguem saindo
O que era uma possibilidade, aconteceu. O volante Jean Martim, joia da base alvinegra, que atuou algumas vezes neste ano, conseguiu liminar na Justiça do Trabalho e está livre do contrato que tinha com o Figueirense. O clube não vai levar nada. Perde mais um de seus atletas por pura incompetência administrativa.
O atacante Matheus Lucas, que não chega a ser um talento, mas é esforçado, tem seu valor, seguiu caminho para o outro lado da cidade, atravessando a ponte e indo para o Avaí. Matheus Lucas não foi pela via judicial, mas também deixou o clube durante a competição e em meio a esta crise instaurada. Antes foram o goleiro Denis, o lateral esquerdo Roberto e o lateral direito Alemão Teixeira. E antes ainda saiu Hemerson Maria, que briga pela vaga na Série A com o Botafogo-SP. É um cenário “surreal”, como disse Vinícius Eutrópio.
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