O Campeonato Catarinense terminou e o saldo final não teve a festa e o brilho que todos queriam. É verdade, há um campeão, o Avaí, que tem todos os méritos pela conquista, afinal não houve time que conseguisse, na hora da definição, ser efetivamente melhor que o Avaí.
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Mas há muitas lições que precisam ser tiradas deste Campeonato Catarinense. A começar pelo Conselho Técnico que aprovou uma fórmula ruim e depois precisou ser refeito para uma tentativa de remendo à mesma fórmula. O Conselho Técnico que aprovou, numa composição muito mais política, o estádio de Xanxerê, o que impactou em outros gramados e estádios com condições discutíveis.
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Foi o Campeonato Catarinense que teve o caso Barra, numa grande barbeiragem de um dos principais árbitros do quadro da Federação Catarinense de Futebol. Braulio da Silva Machado errou e a questão ainda está em aberto na Justiça Desportiva, com possibilidade de recurso ao STJD.
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E a decisão teve todos os excessos. Teve um vice-campeão que não soube reconhecer o título do campeão. A Chapecoense imitou o Brusque do ano passado e exagerou em todos os movimentos e atitudes, desde as manifestações do primeiro jogo, passando pela reação desproporcional a uma checagem de VAR, e chegando às tentativas de agressões ao árbitro e à equipe de arbitragem, e declarações infelizes dos dirigentes.
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Foi uma decisão que teve invasão de campo, impossibilitando a festa dos jogadores e a entrega da taça e a devida valorização dos patrocinadores e do produto. Aliás, uma das imagens do “produto” neste momento foi a covarde agressão do volante Jimenez ao um torcedor do Avaí.
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Poderia ter sido uma linda festa, com uma final de dois grandes campeões, com um campeão e um vice que respeitassem o campo e os resultados, com erros e acertos, que não são novos no futebol. Mas não foi nada disso que se viu. As lições estão aí e a responsabilidade é de todos que fazem o futebol catarinense.
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A Federação precisa conduzir melhor, determinar mais do que passar responsabilidades, e os clubes têm a obrigação de respeitar o campeonato que realizam, mesmo com tantas imperfeições. É preciso evoluir. Mas como em campo não há árbitro que consiga levar jogo em que os atletas querem bagunça, fora de campo não há organização que seja boa se os protagonistas estragam a festa.