Apesar de admitir que o primeiro tempo contra o Bahia foi muito ruim, o técnico Alberto Valentim segue demonstrando uma tranquilidade, com cara de passividade, para analisar as atuações e a situação do Avaí. Para ele o cenário é o mesmo e a briga segue a mesma, com quatro times dentro da zona de rebaixamento e quatro times que estão nesta mesma briga, fora dela. Sim, a matemática permite tudo realmente. Pela matemática, o Avaí tem 16 jogos e ganhando os 16 faz mais 48 pontos e escapa com sobras. Só que o futebol não é assim.

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Uma outra matemática mostra que o Avaí sofreu oito gols em dois jogos e não saiu do lugar na tabela de classificação. Mostra também que, antes destas duas rodadas, o time tinha 18 jogos pra fazer, só que agora restam menos duas rodadas. Saindo da matemática, Valentim, na coletiva, não concordou que o Avaí é um time com pouco poder de marcação.

Sempre escrevi e defendi nos meus comentários que Valentim é bom treinador, o que acredito mesmo. Mas ao mesmo tempo sempre analisei que ele não dá ao Avaí o remédio necessário para o time lutar contra o rebaixamento. Valentim, em alguns momentos, parece fazer laboratório de suas ideias e a passividade dele reflete em campo. O time também é passivo nos jogos. As partidas vão passando e nada acontece.