Que o jogo fosse realizado nesta quinta-feira, apenas um dia depois. Mas já seria um gesto mínimo de entendimento e solidariedade da CBF com o povo de Chapecó, que viveu da noite de terça para quarta a dor da morte de um dos heróis sobreviventes da tragédia do final de 2016. Porque foi um pouco disso que a morte do colega jornalista Rafael Henzel representou para toda a cidade. Era como se a cena da tragédia estivesse de volta. Não havia clima de jogo para Chapecoense x Criciúma, que tiveram que cumprir o calendário por determinação da CBF.
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O enterro do corpo de Rafael foi praticamente em cima da hora do jogo. Uma tamanha falta de carinho, solidariedade e consideração de quem comanda o esporte. Futebol é alegria, é entretenimento, é diversão – era tudo o que não havia como ocorrer em Chapecó ontem. Henzel se tornou um símbolo de resistência, um símbolo da cidade, uma espécie de embaixador não só da Chapecoense, mas principalmente do povo de Chapecó. A CBF perdeu a chance de se mostrar grande neste episódio.