A derrota só veio nos minutos finais. E o Avaí tinha perdido, instantes antes, duas oportunidades de vencer. As duas com Vinicius Araújo. Nada que o torcedor avaiano não tenha visto durante toda a temporada de Brasileirão. O Avaí joga um futebol que costumo chamar de “bem-bonzinho”. O time está bem em campo, mas é bonzinho com o adversário. É um bonzinho que deixa jogar e que não é agressivo no ataque. O jogo vai passando e nada acontece. E o jogo no Serra Dourada foi quase todo no modo “bem-bonzinho”. O time toca bem a bola, está organizado em campo, mas não assusta o adversário porque não é contundente, porque não tem ataque. A presença de Brenner simboliza este ataque ineficiente.
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Time com a cara do que Valentim fazia antes de Evando
A escalação inicial do técnico Evando colocava em campo um conjunto lento, cadenciado. E foi assim o futebol do Avaí durante a partida contra o Goiás. O Leão quase igualou a posse de bola e até trocou mais passes que a equipe goiana, mas não passou muito mais disso. O primeiro real chute a gol foi somente no segundo tempo, do meia Richard Franco. É um futebol que não permite erro. Quando o ataque não faz nada, a defesa não pode errar nada também. E o erro veio no final da partida e causou a derrota, com o pênalti cometido por Ricardo e convertido por Rafael Moura. O segundo gol foi só consequência. Outro dia escrevi que o Avaí estava mais perto da vitória com as escolhas do técnico Evando. Parecia mesmo. Mas estava enganado. O que vi no jogo de hoje foi um time com a cara do que foi feito durante muito tempo pelo ex-técnico, Alberto Valentim. Aliás, Valentim, que em cinco jogos no Botafogo já perdeu quatro e o alvinegro carioca vem descendo forte a tabela. Quanto ao Avaí, está virtualmente rebaixado. Só falta a confirmação matemática.
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