A temporada de 2005 foi relembrada em uma entrevista muito agradável com o craque Edmundo, no Debate Diário desta quarta-feira.

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Muito diferente daquele jogador indomável da época, quando para qualquer repórter ganhar uma entrevista na saída de campo era uma conquista perigosa, desta vez o papo foi com um Edmundo maduro e muito simpático.

Mexeu bastante com a torcida alvinegra quando classificou o Figueirense como seu “terceiro amor” no futebol, atrás apenas de Vasco e Palmeiras. Em tempos de saudades do futebol da bola rolando foi o afago que pegou de surpresa a torcida do Figueirense. Uma declaração de amor.

“Com certeza, aquele namoro da maioridade foi o Figueirense”

A recíproca é totalmente verdadeira. O torcedor alvinegro jamais esqueceu a passagem meteórica do então camisa 10 pelo Orlando Scarpelli.

Edmundo ressaltou atuações daquela temporada, mas fez questão de lembrar com carinho do jogo contra o Brasiliense, fora de casa, em que o Figueirense garantiu a permanência na Série A. Ele fez um dos gols daquela partida que terminou 2 x 0 para o Furacão.

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Explicou também a relação que teve com a diretoria da Elephant, na temporada passada. Revelou que foi ele que procurou o Figueirense para tentar um espaço para seu filho fazer teste. O filho dele acabou treinando no Figueirense até o final do ano passado. E Ele foi usado como peça de aproximação com a torcida pela direção da Elephant. Mas Edmundo afirmou que não se sentiu usado por ter sido ele a procurar o clube.

Edmundo foi um dos maiores atacantes de sua geração. Não somente no Brasil. No mundo. Fez partidas fantásticas pelo Figueirense em 2005, pelo Vasco e pelo Palmeiras em muitas temporadas. Mas parecia, talvez por questões pessoais e de personalidade, sempre se colocar a margem do que o seu futebol projetava. É quase impossível aceitar que não esteve em grande estilo brilhando em uma Copa do Mundo – foi um reserva da Seleção em 1998, na França. Merecia muito mais.