A Copa do Mundo vai fazer 100 anos… e ninguém sabe se vai completar algum dia 200 anos, ou mesmo 150. Sim, porque a Fifa, que é dona do futebol no mundo, está fazendo todo o possível pra acabar com a competição mais tradicional do esporte mais popular do planeta.

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Copa do Mundo de 2030 terá formato inédito para homenagear centenário

A grande novidade da semana é a Copa do Mundo itinerante, que vai ter jogos em três continentes, é a Copa do Mundo “mochilão”. Argentina, Uruguai, Paraguai, Espanha, Portugal e Marrocos serão as sedes em 2030, no ano do centenário do Mundial. Não faz sentido essa divisão.

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A Fifa já promoveu a Copa a um torneio de 48 intermináveis seleções. A próxima edição, em 2026, nos Estados Unidos, México e Canadá, já vai classificar quase um quarto dos países que disputam as eliminatórias. Na América do Sul são possíveis sete classificados (um pela repescagem) de 10 que disputam as vagas. Vai quase todo mundo.

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Copa do Mundo 2030 (Foto: divulgação/ Fifa)
(Foto: divulgação/ Fifa)

O que está ocorrendo é uma disputa paralela entre Fifa e Uefa e clubes ricos e tradicionais da Europa, que se acirrou nos últimos tempos, pelo “controle” do status do futebol. Quem faz os melhores campeonatos? O que é melhor? A Champions League ou a Copa do Mundo? A Euro ou a Copa? Essa guerra teve um capítulo emblemático em 2020, quando os clubes mais poderosos da Europa tentaram dar um golpe, separando uma Liga da considerada por eles “elite” do futebol do mundo.

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Só que a Fifa responde do pior jeito possível: fazendo politicagem. Tentando enfraquecer o mercado da Europa, mas sem deixar de dar um agrado. E fortalecendo quem está mais ao lado dela, Fifa, como a Conmebol ou os africanos e o próprio mundo árabe endinheirado.

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Mas fazer politicagem, abrindo vagas na Copa e fazendo o torneio circular por três continentes, enfraquece o grande produto dessa história toda, que é o futebol e a essência de um torneio que é marco referencial da história do esporte, com sua própria história há cada quatro anos. A disputa ficou em segundo plano. O futebol vai perder, vai se enfraquecer porque o “mochilão” sempre foi um problema a ser resolvido no dia a dia dos clubes e seleções.

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A prova que a Fifa faz o que lhe é conveniente é a última Copa, que o Catar organizou num espaço que cabe na Grande Florianópolis. Poderia fazer 2030 entre Uruguai, Argentina e Paraguai, ou mesmo na Europa, entre Portugal e Espanha. Juntar tudo numa mesma Copa e num espaço de 30 dias vai ser uma loucura. Haja avião, haja hotel, haja deslocamento, haja fuso horário, haja jet lag, haja mochila, confusão e paciência. E o futebol? Que se vire!

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