No dia 20 de setembro, data da última convocação do técnico Tite, o coordenador de Seleções da CBF, Juninho Paulista, disse em coletiva que “no ano que vem não irão mais acontecer jogos da Seleção Brasileira durante jogos da Copa do Brasil e Brasileirão. Esse problema ano que vem está resolvido”. A declarações foi dada em cima da repercussão extremamente negativa da convocação de nomes importantes que vão desfalcar suas equipes neste mês de outubro em duas rodadas do Brasileirão.
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Os clubes, a imprensa e os torcedores acreditaram. Só que o calendário do ano que vem foi divulgado pela CBF nesta quinta, menos de 15 dias depois da promessa, e a realidade é bem diferente. No ano que vem, durante a Copa América, os clubes vão jogar NOVE rodadas do Brasileirão. Um completo absurdo. É a metade de um turno.
E, além dos jogadores brasileiros da Seleção, os clubes vão perder atletas de outros países, como argentinos e uruguaios, por exemplo. Um time como o Flamengo pode ficar totalmente desfalcado de brasileiros, uruguaios e colombianos durante nove rodadas. Não dá pra aceitar. Só que os clubes também são culpados. Porque dizem sim à CBF. Não são apenas vítimas. Fazem parte da bagunça que é o calendário do futebol brasileiro.
Seria o mínimo de respeito com nosso principal campeonato e com o público, o torcedor, que se movimenta e também ajuda a pagar a conta, que o campeonato parasse sempre em jogos da Seleção. A promessa perdeu a validade em menos de 15 dias. Uma vergonha. Quem sabe um dia…
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