Oculto há três anos, desde que foi retirado para dar espaço à obra da nova ponte do Centro Histórico de Blumenau, o monumento ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) permanecerá distante das ruas se depender de um projeto de lei que acaba de ser protocolado na Câmara de Vereadores. A proposta, do vereador suplente João Paulo Tamaturgo (PL), veta a instalação de monumentos alusivos a políticos vivos em espaços públicos.

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Estariam enquadradas na proibição placas, monumentos, estátuas ou qualquer outra alusão a ocupantes de cargos eletivos ainda em atividade. No caso do patrimônio já existente, o município deve providenciar a retirada das homenagens em até 90 dias a partir da entrada em vigor da legislação.

— Não acho justo o gasto de dinheiro público para reconhecimento de políticos vivos, entendo isso como política eleitoral — afirma.

Na semana passada, a coluna mostrou que o monumento, uma obra em metal do artista plástico Guido Heuer instalada na Rua XV de Novembro durante o governo Décio Lima (PT), em 2003, por ocasião de uma visita de Lula à Oktoberfest, virou assunto ingrato para a administração municipal. A proibição resolveria a questão internamente.

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Por outro lado, a depender da interpretação, o texto proposto também pode abranger centenas de placas em obras públicas que informam nomes de secretários, prefeitos, governadores e outras autoridades que exerciam cargos à época das inaugurações. Taumaturgo diz que não é a intenção e não enxerga esse risco.

O texto tramitará pelas comissões legislativas antes de ir a plenário e pode receber emendas.

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Vereador de Blumenau quer proibir volta do monumento a Lula às ruas

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