O retorno da vacinação contra a Covid-19 por idade em Santa Catarina é a saída óbvia para recuperar o atraso da campanha nas últimas semanas. Os catarinenses terão acesso à vacina obedecendo a uma ordem etária, começando por 59 anos, ou quando enquadrados nos grupos prioritários estabelecidos pelo Ministério da Saúde. É uma estratégia mais inteligente do que aguardar pacientemente o interesse das pessoas pela imunização.
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Desde o início de maio, prefeituras têm alertado sobre a baixa procura dos cidadãos com comorbidades. Há dúvidas sobre a qualidade das estimativas sobre o tamanho dessa população. E também muita burocracia em torno dos atestados exigidos.
Em Blumenau, o volume de doses aplicadas caiu 41% enquanto esse era o público-alvo da campanha contra o coronavírus. A prefeitura, a exemplo do que fez Florianópolis, pediu ao Estado flexibilidade para começar a imunizar os professores, mas não foi atendida. Com uma capacidade de aplicar até 3,6 mil doses num único dia, Blumenau teve de contentar-se em atender pouco mais de mil pessoas diariamente. Não faz sentido.
O número de doses fornecidas pelo Ministério da Saúde ainda está muito aquém da necessidade. Só por isso há tantos debates entre os gestores da Saúde sobre quem deve ser vacinado e quando. A situação vivida agora é nova. Em campanhas anteriores, o fluxo de vacinação era mais ágil pela ampla oferta de imunizantes. Num cenário como o atual, é incompreensível que sobrem doses nos estoques das prefeituras enquanto há tanta gente aguardando a proteção.
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Deve-se resguardar os critérios técnicos (e não julgamentos morais sobre pessoas presas ou que vivem na rua) estabelecidos pelas autoridades de saúde. Há regras e elas devem ser observadas. Mas isso não pode servir para justificar atraso ainda maior na campanha de vacinação, a única saída para a crise sanitária, econômica e social.
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