O último processo eleitoral originado nas investigações da Operação Tapete Negro, desencadeada em 2012 em Blumenau, foi arquivado nesta terça-feira (12) pela Justiça. A decisão foi tomada depois que prescreveram as suspeitas de crime de corrupção eleitoral contra os ex-vereadores Fábio Fiedler, Robinsom Soares e Célio Dias, além de outras seis pessoas.

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O caso tramitava no Judiciário desde que o Ministério Público em Blumenau gravou conversas em que parlamentares, servidores e eleitores tratavam sobre serviços públicos, como obras de pavimentação e até a aquisição de óculos para uma criança. A partir do material, que foi compartilhado com o Ministério Público Eleitoral, foram ajuizadas duas ações: uma investigação eleitoral, que poderia levar à perda dos mandatos dos envolvidos, mas terminou arquivada em 2020; e a ação penal eleitoral encerrada agora.

A denúncia contra um total de 15 pessoas supostamente envolvidas em corrupção eleitoral cozinhou na lentidão do Judiciário por uma década. Cinco dos citados fizeram acordos de transação penal para encerrar o processo. Também já haviam prescrito as acusações contra o ex-vereador Braz Roncáglio, porque ele tem mais de 70 anos de idade.

Agora, todos os demais envolvidos deixam de responder pelo crime, que tem penas previstas de até quatro anos de prisão.

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Tapete Negro

Operação Tapete Negro foi deflagrada em 2012 para investigar supostas irregularidades na Companhia Urbanizadora de Blumenau (URB) e no setor de infraestrutura da prefeitura de Blumenau. As gravações tiveram enorme impacto político no apagar das luzes do segundo governo do ex-prefeito João Paulo Kleinübing — e voltaram a ser citadas na campanha à prefeitura em 2020, em que Kleinübing foi derrotado por Mário Hildebrandt no segundo turno.

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