A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está mais perto de reunir num mesmo imóvel todas as atividades em Blumenau. Com 1,2 mil alunos em cursos de graduação e mestrado, sete cursos ativos, projetos para abrir mais quatro e o desejo de ampliar a oferta para áreas como Medicina e Administração, a instituição avança numa negociação para adquirir sede própria na cidade. Enquanto isso, pretende retomar conversas com a Furb sobre parcerias.
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Negociações para a aquisição ou aluguel de uma área onde já funcionou uma instituição de ensino privada estão avançadas. O local exato só será divulgado com o contrato assinado. No início do mês, o ministro da Educação, Camilo Santana, teria dado aval para o investimento. O diretor do campus, Adriano Péres, prevê a mudança para o segundo semestre de 2024. Hoje, a UFSC está em três prédios diferentes da Rua João Pessoa, no bairro da Velha.
É nesse contexto que a universidade lançou uma consulta interna para ouvir servidores e estudantes sobre quais os próximos cursos que devem ser lançados em Blumenau. A UFSC pretende crescer e tornar-se mais relevante para a comunidade regional.
A reunião com o ministro em Brasília, articulada pela deputada Ana Paula Lima (PT), tratou também da entrada da UFSC nas conversas sobre a federalização da Furb. Camilo Santana teria solicitado que as duas instituições conversem sobre parcerias que possam conduzir a uma fusão futura. Na última vez que o MEC tomou decisão semelhante, em 2011, o efeito prático foi inviabilizar a federalização.
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Mas não é esse o encaminhamento que Adriano Péres vislumbra. O atual diretor da UFSC Blumenau foi professor da Furb por 22 anos. Conhece o cenário, aponta dificuldades, mas demonstra disposição para estabelecer parcerias.
— A UFSC tem conhecimento do desejo de que a Furb seja federalizada. A gente quer contribuir com isso e gostaria que fosse viável. Seria muito bom começar uma ampliação da Federal ou mesmo a criação de uma nova instituição a partir da Furb, juntando o nosso campus — avalia.
Péres diz que a estrutura física da Furb seria muito útil para ampliar a oferta de ensino superior gratuito na região. Mas considera a transferência de servidores e estudantes o ponto mais crítico da proposta de federalização. Cogita a necessidade de aprovar um projeto de lei no Congresso Nacional.
O que fica claro é que a UFSC pretende seguir o próprio caminho em Blumenau. Se for com a Furb, tanto melhor. Mas não necessariamente.
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