Três anos depois do deslizamento de terra que soterrou três trabalhadores em Blumenau, a encosta de um terreno na Via Expressa onde seria construído um hotel passa por obras. Por solicitação da Defesa Civil, operários executam um muro de contenção para impedir que o barranco continue cedendo. O processo criminal sobre as mortes provocadas pelo soterramento, em 2019, segue tramitando na Justiça.
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A Defesa Civil notificou os proprietários do terreno no início de agosto porque pequenos desbarrancamentos continuavam sendo observados no local. O muro de contenção solicitado terá quase 31 metros. Conforme a administradora de imóveis que tem a posse da área, o objetivo da obra é apenas evitar novos incidentes.
Não há investimento previsto no local porque o terreno está em litígio. Houve um desacordo entre a administradora de imóveis e investidores que haviam adquirido o terreno. A situação está na Justiça e o projeto do hotel ficou no passado.

Mortes
No deslizamento em Blumenau, ocorrido em 27 de março de 2019, morreram na hora Élcio José Padilha, 30 anos, e Romero Geraldo da Silva, 28. Um terceiro trabalhador, Ademir José Ferreira, 42, que havia sobrevivido após quatro horas soterrado, morreu de parada cardíaca no início de maio daquele ano.
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Um ano depois, em abril de 2020, A Justiça aceitou denúncia do Ministério Público contra o engenheiro responsável pelas obras. Ele responde por três homicídios culposos — quando não há intenção de matar. Ainda não foi expedida sentença sobre as acusações.
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