A solidariedade do blumenauense é estimulada mais por expectativas individuais do que pela ação de instituições como empresas ou igrejas. Essa é a conclusão mais evidente de uma pesquisa do projeto Focus, da Furb realizada neste mês de abril. Professores e acadêmicos de Publicidade e Propaganda e dos cursos de pós-graduação em Administração e Desenvolvimento Regional entrevistaram, pela internet, 384 pessoas que disseram atuar em algum tipo de voluntariado.

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Dentre os entrevistados, 84% disseram que são voluntários porque sentem-se úteis, 83% pelos conhecimentos e experiências considerados importantes para a vida e 61% porque podem explorar seus pontos fortes. Os percentuais representam a soma das pessoas que “concordaram ou “concordaram totalmente” com as sentenças apresentadas pelos pesquisadores (veja gráficos abaixo).

Eventos sociais e encontros relacionados às atividades foram apontados por 64% como estímulo e 76% citaram a inércia de governos e da sociedade. O sentimento de compaixão foi mencionado por 84%.

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Menos influência têm a opinião de amigos e familiares (8%), a cultura da empresa onde trabalha (32%) ou a crença religiosa (36%). Porém, a presença de pessoas próximas na atividade é vista como estímulo para 56%, o que reforça a necessidade de convivência.

Pandemia

A pesquisa também indica que a pandemia de Covid-19 diminuiu as ações de voluntariado em Blumenau para 53% dos entrevistados. Para 26% nada mudou e 21% perceberam um aumento nas atividades.

As restrições a encontros presenciais, devido ao risco de contágio pelo coronavírus, ajudam a explicar as respostas.

Dedicação

Pelos resultados obtidos na sondagem online do projeto Focus, o voluntário blumenauense leva a atividade muito a sério. Dos respondentes, 86% envolvem-se com causas há mais de um ano. Destes, 25% ajudam a sociedade de alguma maneira há mais de 10 anos.

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Porém, as ações são eventuais dentro de um mesmo ano. A maioria (54%) dedica menos de 20 horas por ano ao voluntariado.

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