Seis meses depois de inaugurada, a bonita Praça das Rosas, nos fundos do Mausoléu Doutor Blumenau, está deserta. O espaço cultural e de lazer entregue em novembro de 2022 pela prefeitura não veio acompanhado de uma agenda de eventos. Tampouco foi adotado espontaneamente pela comunidade.
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Desde o fim de janeiro, uma feirinha aos sábados expõe trabalhos de artesãos e dos clubes de mães da cidade. Mas a promoção regular usa a área coberta do Espaço Elfy Eggert, que já existia antes da praça. Nos palcos e espaços comerciais recém-construídos, por enquanto, nada aconteceu.
As formigas têm sido o público mais assíduo, para azar das roseiras espalhadas nos canteiros em memória da velha paixão de Hermann Blumenau. Aos fins de semana, alguns caminhantes cruzam a praça rumo ao Cemitério de Gatos. E só.
O secretário de Cultura e Relações Institucionais, Sylvio Zimmermann, aposta nos espaços comerciais para mudar o cenário. Ele prevê que o ponto de gastronomia da praça estará funcionando ainda no primeiro semestre. A concessionária é a Liebling Chocolates, que já começou a projetar as adequações no imóvel.
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O outro imóvel disponível para locação não teve interessados na licitação de janeiro. Um novo edital será lançado.
— Vamos esperar a consolidação dos espaços comerciais para ver se isso também motiva mais atrações — avalia Zimmermann.
Planos futuros
O secretário pretende estimular os artistas e produtores culturais que participarão do Prêmio Herbert Holetz e do edital da Lei Paulo Gustavo a usarem a praça nas ações a serem pactuadas. Ambas seleções estão previstas para 2023. Os projetos devem ficar para o próximo ano.
A Praça das Rosas tem dois palcos, ambos a céu aberto, e uma arquibancada. Pode receber apresentações musicais, de teatro e todo tipo de reunião com público que não seja muito grande. Mas qualquer programação depende de tempo bom.
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Alguma ação precisa ser planejada. Ou o investimento de R$ 2 milhões dos cofres do município perderá o sentido com o tempo. Vide o que houve com a Praça da Leitura, na Itoupava Seca.
Praça, para ser praça, precisa de gente.
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