O secretário de Estado da Infraestrutura e Mobilidade, Thiago Vieira, ameaçou retirar os R$ 200 milhões de Santa Catarina previstos para a duplicação da BR-470 caso o governo federal não aceite investi-los nos lotes 1 e 2, entre Gaspar e Navegantes. Em entrevista ao Bom Dia Santa Catarina, ele disse que o impasse com o DNIT foi provocado por uma mudança de entendimento do órgão federal. Desavença que se arrasta desde março e impede o reforço financeiro às obras.
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— A gente fica triste com a situação, mas acredita no bom tom. Se isso não acontecer, nós vamos canalizar esses recursos para outros investimentos importantes em Santa Catarina — disse Vieira.
De acordo com o secretário, o valor de R$ 200 milhões foi estimado pelo próprio DNIT, no fim de janeiro, como necessário para concluir os lotes 1 e 2. Em março, o órgão federal passou a defender concentrar os recursos nos lotes 3 e 4, entre Indaial e Blumenau — mudança atribuída por Vieira a interferências políticas. Na semana passada, o senador Jorginho Mello (PL) endossou a opinião do órgão federal.
Para Thiago Vieira, uma vez que o governo Carlos Moisés (sem partido) aceitou transferir dinheiro do orçamento estadual para uma obra que deveria ser resolvida pela administração de Jair Bolsonaro, seria natural que os catarinenses pudessem orientar o destino da verba.
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— Cavalo dado não se olha os dentes. Nós queremos ajudar a resolver para o nosso presidente Bolsonaro inaugurar, e isso não está avançando — criticou.
Para que os R$ 200 milhões cheguem às empreiteiras da duplicação da BR-470, um convênio entre Estado e DNIT precisa ser formalizado. Na primeira versão do documento, o órgão federal previu o investimento de R$ 50 milhões em cada um dos lotes da rodovia. No início de junho, o governo catarinense pediu que o convênio fosse alterado. Até agora não recebeu resposta.
Moisés obteve o apoio de prefeitos e empresários do Vale do Itajaí, além dos senadores Dário Berger (MDB) e Esperidião Amin (PP). Nesta quarta-feira (21), Berger terá audiência com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. Ele ficou de levar a ele os argumentos em defesa da aplicação dos R$ 200 milhões nos lotes 1 e 2.
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