Um relatório do Centro Integrado de Emergência em Saúde (CIES) do Vale do Itajaí aponta que os hospitais da região, desde o Alto Vale até a Foz, poderiam abrir mais 26 leitos de UTI para Covid-19 em “caso de emergência”. Porém, o reforço esbarra na falta de mão de obra. Seriam necessários mais 12 médicos, oito enfermeiros, 32 técnicos de enfermagem e seis fisioterapeutas para levar o plano adiante. Todos treinados para atuar com tratamento intensivo.

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Vinte hospitais responderam a um questionário em que apresentam dificuldades e oportunidades para ampliar o atendimento em caso de uma nova onda de Covid-19 na região. Além dos profissionais, seriam necessários equipamentos: 90 bombas de infusão, 21 ventiladores mecânicos, 15 monitores multiparâmetro, entre outros.

Os dados finais foram compilados em 12 de abril. Naquela data, os hospitais do Vale informaram a possibilidade de abrir mais 57 leitos de enfermaria para pacientes de coronavírus. Neste caso, porém, também haveria demanda de profissionais não disponíveis no mercado: quatro médicos, oito enfermeiros, 32 técnicos de enfermagem e quatro fisioterapeutas, mais equipamentos.

As informações do CIES, uma instância que envolve Estado, municípios e hospitais da região, dão uma amostra da complexidade que é o atendimento hospitalar à pandemia de Covid-19. Deveriam servir para alertar governantes e população de que não se combate uma crise sanitária provocada por doença contagiosa apostando em atendimento hospitalar. Prevenir é mais eficiente. E mais barato.

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