Presidente do PT de Santa Catarina e pré-candidato ao governo em 2022, o ex-deputado Décio Lima reuniu-se com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira (19), na sede do partido em São Paulo. Levou a ele informações sobre o cenário político do Estado e ouviu orientações sobre o papel a ser desempenhado pelo PT catarinense daqui até as eleições do próximo ano. A presidente da legenda, Gelisi Hoffmann, também participou da conversa, que durou cerca de quatro horas.

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Lula pediu que os petistas do Estado avancem na composição de uma aliança com partidos de esquerda em Santa Catarina que respalde a pré-candidatura dele à Presidência da República. Já sentram à mesa por duas vezes os seguintes partidos: PT, PSOL, PDT, PCdoB, Rede, PV e PSB.

— O presidente usou a seguinte expressão: “Namorem bastante, porque o casamento é no ano que vem” — contou Décio.

Casamento que não deve repetir-se no plano nacional. O PDT, por exemplo, trabalha para Ciro Gomes. Se houver coligação em Santa Catarina, ela estará dividida quando o assunto for o Planalto. Haverá dois palanques diferentes.

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Lula acredita que a polarização com o presidente Jair Bolsonaro vai intensificar-se até outubro de 2022. Pediu a Décio que seja reproduzida no Estado a estratégia de combater diretamente o atual presidente, transformando o pleito numa disputa “entre fascismo e democracia”. Esse é também o mote para deixar abertas portas para alianças fora da esquerda num eventual segundo turno presidencial.

Governo do Estado

A disputa polarizada entre lulistas e bolsonaristas também beneficiaria a candidatura de Décio ao governo, na análise do PT nacional. Isso porque o campo bolsonarista deve dividir-se entre várias candidaturas. Como “único candidato do Lula”, chegar ao segundo turno seria viável, diferente de 2018, quando o ex-prefeito de Blumenau também concorreu ao governo.

— O ambiente é bem diferente de 2018, quando ninguém queria falar comigo. Todo mundo dizia: “Décio, tu és um querido, mas com o PT não dá”. Quem me abraçar sabe que agora temos capilaridade — analisa.

A saber quantos estarão dispostos a abraçar o PT em Santa Catarina.

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