Números apresentados durante a reunião de quarta-feira (1º) entre bancada catarinense, o governador Jorginho Mello (PL) e o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), em Brasília evidenciaram quais frentes da duplicação da BR-470 podem ser aceleradas se o Estado concluir os pagamentos do convênio de R$ 465 milhões com o governo federal. Praticamente todos os R$ 78,6 milhões pendentes são aguardados na rodovia do Vale do Itajaí, a maioria no trecho entre Blumenau e Indaial.
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O convênio prevê R$ 200 milhões para os lotes 1 e 2 da BR-470, entre Navegantes e Gaspar — faltam R$ 33,6 milhões. É verba que poderia dar velocidade à implantação do viaduto da BR-101 ou ao trecho no limite de Gaspar com Blumenau, onde filas formam-se diariamente.
Outros R$ 100 milhões deveriam chegar aos lotes 3 e 4, os mais atrasados. Ali ainda são esperados R$ 44,3 milhões. Eles poderiam impulsionar a construção do viaduto do Badenfurt, talvez o maior gargalo do trânsito regional hoje.
Os valores em discussão representam 70% do que o governo federal vai investir na rodovia do Vale do Itajaí em 2023. É dinheiro para acelerar a obra e, quem sabe, tornar factível a promessa de conclui-la em 2024.
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Ministério dos Transportes antecipa meta de conclusão da BR-470
Incerteza
O Ministério dos Transportes já apresentou R$ 386,4 milhões em despesas para o governo estadual pagar às empreiteiras. Desse montante, falta quitar cerca de R$ 40 milhões — o governo Jorginho reconhece essa conta, segundo informou o colega Renato Igor.
A partir daí, o cenário é incerto. Os movimentos políticos de Jorginho indicam que novos pagamentos podem estar condicionados ao abatimento do valor do convênio da dívida de Santa Catarina com a União. Neste caso, o Vale do Itajaí não deve esperar a liberação do dinheiro remanescente tão cedo.
Por enquanto, não há mobilização evidente de lideranças da região para convencer o governador a manter o combinado.
Valor investido por lote
BR-470: R$ 222,1 milhões
BR-163: R$ 99,6 milhões
BR-280: R$ 50 milhões
BR-285: R$ 14,7 milhões
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