Uma projeção elaborada pela Unimed Blumenau acendeu sinal vermelho para a transmissão da Covid-19 na cidade. Os números, apresentados durante a live da prefeitura desta sexta-feira (25), apontam para um pico de contágio no dia 6 de julho. Mas o sinal mais preocupante vem dos hospitais. Conforme o modelo estatístico, baseado em padrões das ondas anteriores, o número de pacientes em quadro grave deve crescer mais rápido que o número de casos detectados. E isso ocorrerá num momento em que os hospitais ainda sofrem com os reflexos da última onda de coronavírus.
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Pela projeção, num cenário otimista, serão necessários ao menos 78 leitos de UTI simultâneos para atender aos pacientes residentes em Blumenau e de outros municípios. Na pior estimativa, seriam necessárias 101 vagas. A cidade tem 66 leitos disponíveis, mais 28 leitos de guerra. Na sexta-feira, 53 vagas estavam ocupadas por pacientes.
— Se mantiver essa linha de elevação, talvez será um dos desafios mais difíceis que a gente vai viver na pandemia — disse Hildebrandt à coluna.

O monitoramento da Unimed vem sendo feito desde abril do ano passado, mas só foi divulgado em alguns momentos da pandemia. Na live, os números foram apresentados pelo cientista de dados da cooperativa Jonathan Bruno Moretti. Ele explicou que, na onda de março, surpreendeu o número de leitos de UTI necessários frente à detecção menor de contágios, se comparada às ondas de 2020. É esperado um padrão semelhante agora.
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Um agravante em relação às ondas anteriores é a ocupação de leitos de UTI nos hospitais com pacientes de outras enfermidades e traumas. Como há muitos leitos de UTI geral ocupados, podem faltar profissionais para serem deslocados aos leitos especializados em Covid-19. Problema que já foi observado na onda de março.
Após a apresentação enfática, a prefeitura deve anunciar novas medidas de fiscalização no início da próxima semana.
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