Agora é lei em Blumenau: uma técnica de bordado desenvolvida pela Casa Meyer no século passado é patrimônio cultural imaterial da cidade. O reconhecimento formaliza o interesse do município em preservar e valorizar essa modalidade única de artesanato blumenauense. Embora a tradicional casa de comércio tenha deixado de existir nos anos 1990, ao menos três grupos da cidade empenham-se em produzir peças seguindo o mesmo rito.

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Fundada em 1903, a Casa Meyer fez fama vendendo produtos como porcelanas, cristais e bordados. Virou ponto turístico na Rua XV de Novembro, parada obrigatória para quem visitava a cidade e queria levar uma lembrança ou presente. Graças à produção descentralizada, que envolvia dezenas de pessoas, a técnica sobreviveu ao tempo.

Os bordados da Casa Meyer partiam de moldes desenvolvidos no próprio estabelecimento. As bordadeiras seguiam os desenhos rabiscados no tecido, marcando as toalhas com flores em cores vivas e outros ornamentos.

— O Bordado Meyer teve um aspecto social muito grande, pois ajudou a complementação da renda familiar de muita gente que bordava para fora — analisa o secretário de Cultura e Relações Institucionais, Rodrigo Ramos.

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Em 2015, Sebrae e prefeitura desenvolveram uma capacitação para resgatar a atividade. Como resultado desse trabalho, há produtos baseados na técnica da Casa Meyer à venda em lojinhas do Parque Vila Germânica e cursos sobre o assunto são ministrados esporadicamente.

Na sexta-feira (20), às 16h, um ato na Secretaria de Cultura e Relações Institucionais celebrará a sanção da lei. Haverá miniexposição de peças e a presença de pessoas que aprenderam o bordado com a família Meyer.

A lei, já publicada no Diário Oficial, foi proposta pela vereadora Cristiane Loureiro (Podemos).

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