As comemorações dos 200 anos de Fritz Müller aproximaram Blumenau de uma das cidades alemãs mais importantes para a imigração do século 19 em Santa Catarina. Erfurt, a capital do estado da Turíngia, é onde nasceu o naturalista. Lá, também, Hermann Blumenau trabalhou como químico antes de fundar a colônia no Brasil. Quase dois séculos depois, a prefeitura daqui quer oficializar laços e fazer de Erfurt cidade-irmã.
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Na quinta-feira (31), data do bicentenário de Fritz, o prefeito de Erfurt, Andreas Bausewein, conduziu uma homenagem em que flores foram depositadas no monumento ao naturalista, no distrito de Windischolzhausen — onde a família Müller morava em 1822, quando ele veio ao mundo. As imagens da cerimônia mostram que, também por lá, as celebrações deram novo ânimo à memória de Fritz. Três anos atrás, o colega Augusto Ittner esteve no local e fotografou um matagal.
Bausewein enviou um vídeo, exibido na cerimônia de quinta no museu Fritz Müller, em que sugere intensificar contatos Erfurt-Blumenau. Em resposta, o prefeito Mário Hildebrandt assinou um documento em que manifesta o desejo de transformar a cidade alemã em “irmã”.
Cidades tornam-se irmãs para estreitar laços de cooperação. Podem ser relações culturais, educacionais ou históricas, mas também de desenvolvimento econômico, social ou de meio ambiente. Blumenau já é cidade-irmã de Weingarten, em Baden-Württemberg. Mas não há problema em ter mais de uma.
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O processo agora corre na esfera burocrática e paradiplomática — a diplomacia direta entre municípios. O trabalho fica a cargo da Secretaria de Cultura e Relações Internacionais. Depois de tudo pronto, a Câmara de Vereadores de Blumenau precisa aprovar um projeto de lei. Hildebrandt tem uma viagem à Alemanha programada para setembro, quando pretende visitar a Oktoberfest de Munique. A ideia é esticar até Erfurt e oficializar a irmandade.
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