As agressões e empurrões durante a invasão da Câmara de Vereadores de Blumenau por manifestantes contrários ao chamado passaporte da vacina contra a Covid-19 ainda não geraram a abertura de um inquérito policial. Uma semana após a tumultuada audiência pública que discutiu o assunto, a 1ª Delegacia de Polícia Civil analisa imagens enviadas pela direção da Casa para verificar se houve crime. Ninguém registrou boletim de ocorrência.
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Segundo o diretor-geral da Câmara, Luciano Felizardo, um comunicado foi enviado à polícia junto com as imagens. No entendimento da Casa, quem deve prestar queixa são as vítimas das agressões.
Na quarta-feira (16), manifestantes contrariados com a limitação de público devido ao risco de transmissão do coronavírus forçaram a entrada empurrando servidores e seguranças. Ao menos um dos responsáveis pela guarda do prédio aparece sendo atingido por socos e tapas. Um dos invasores prendeu os servidores atrás do balcão usando uma cadeira.
Conforme o delegado Christian Siqueira, não há notícia de dano ao patrimônio ou depredação. O que está sendo averiguado são as agressões.
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— Primeiro precisamos analisar se houve crime. Só há inquérito policial se tiver crime — avaliou.
Depois do episódio, vereadores cobraram, na tribuna, melhorias na segurança do prédio. Há parlamentares que defendem a instalação de catracas ou alguma limitação física na recepção da Câmara. Outros entendem que o prédio deve ter acesso facilitado, para que a população acompanhe e participe dos debates em plenário.
Segundo o diretor-geral do Legislativo, empresas e órgãos da área de segurança estão sendo consultados sobre alternativas. A Casa também pretende avaliar estratégias adotadas por outros órgãos públicos antes de tomar alguma medida adicional de controle dos visitantes.
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