A tensão política no país após as invasões criminosas de prédios públicos em Brasília deve postergar ainda mais a decisão do prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt (Podemos), sobre mudar ou não de partido. Desde as Eleições 2022, quando candidatos apoiados por ele tiveram desempenho ruim, especula-se sobre um desembarque. Mas ele não virá tão cedo, segundo o entorno do prefeito.
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No fim de outubro, Hildebrandt recebeu convite público do deputado Ivan Naatz para filiar-se ao PL, mas não respondeu. Joga parado enquanto o mundo político nacional se reacomoda sob a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A cautela explica-se pelo histórico nacional quando há alternância de poder.
O PL, um feudo de Valdemar da Costa Neto, integrou os governos petistas no passado, converteu-se em bolsonarista para receber o projeto de reeleição de Jair Bolsonaro (PL) e, ninguém duvida, pode fazer o caminho inverso sem constrangimentos.
O assunto que vai predominar nos bastidores da política de Blumenau em 2023
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Hildebrandt viveu situação parecida no PSB. Filou-se à legenda seguindo o grupo de Paulo Bornhausen, que inventou um curioso caso de socialismo à direita em Santa Catarina. Quando o PSB catarinense voltou à origem, os remanescentes, inclusive o prefeito, viram-se estranhos no ninho.
É também possível que tudo mude para ficar como está. Caso a união do Podemos com PSDB e Cidadania se confirme, Hildebrandt ganhará um partido forte para coordenar a própria sucessão e planejar os próximos passos da carreira política.
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