Pelo segundo ano consecutivo, a Páscoa será menos colorida e vibrante em Santa Catarina. Os eventos que reúnem maior público, como os do Vale do Itajaí, foram mais uma vez castigados pelo coronavírus. Templos religiosos promovem cerimônias restritas e, pela segurança sanitária, reuniões familiares são desaconselhadas. Dificuldades que, no fundo, realçam a essência da data.

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Em Blumenau, enfeites discretos lembram a Páscoa na Vila Germânica, onde deveria estar a Osterdorf. Em Pomerode, uma exposição de ovos gigantes não deixa a ocasião passar em branco, mas nem de perto lembra o colorido encantador da Osterfest, a maior festa de Páscoa do Estado.

De acordo com o decreto estadual em vigor, celebrações religiosas têm autorização para reunir público equivalente a apenas 25% da capacidade dos templos. Aglomerações estão proibidas na data mais importante do calendário cristão.

Mais do que nunca, para os catarinenses, a Páscoa será momento de renovar, sob sérias provações, a esperança de dias melhores. Num período de tanta divisão e falta de foco no que mais importa, a vida, quem sabe a data desperte reflexões profundas sobre que tipo de comunidade queremos construir para quando a Covid-19 passar.

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O enfrentamento da pandemia exige que cada indivíduo sacrifique um pouco de seu bem-estar em nome de outras pessoas. Desconhecidas, inclusive. Quanto mais os catarinenses, religiosos ou não, praticarem o que a Páscoa celebra em essência, mais próximos estaremos do fim da crise.

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