No encerramento de uma semana em que Covid-19 e retorno do transporte coletivo preencheram a agenda oficial, a prefeitura de Blumenau apresentou nesta sexta-feira (19) um plano de obras. Obras do passado, do presente e obras do futuro.
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Quem assistiu à exposição do prefeito Mário Hildebrandt ficou com inevitável sensação de dèjá vu, mas o objetivo não era oferecer novidades bombásticas. Corredor Sul, pontes na região do Garcia, malha cicloviária e corredores de ônibus surgem nos planos municipais desde que o atual mandatário era o vice de Napoleão Bernardes. A seis meses do fim do mandato, o governo entendeu necessário lançar mão da redundância como recurso didático.
Hildebrandt disse e repetiu mais de uma vez que as intervenções estão conectadas entre si e produzirão resultado para todos. Elas desenham um futuro com menos congestionamentos no Garcia, mas também no Vorstadt e no Centro.
A proposta do encontro era fazer a população compreender o tamanho e o impacto do que está sendo implementado. E explicar que o dinheiro da Ponte Norte-Sul, aquela da polêmica, não foi desperdiçado, será bem gasto em outras frentes.
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Há novidades pontuais, a exemplo de um corredor exclusivo do transporte coletivo na Alameda Rio Branco, e o cálculo de que os ônibus levarão metade do tempo atual para atravessar a Rua Amazonas, da Fonte ao Garcia, quando tudo estiver pronto.
Na exposição entraram ainda obras problemáticas, paralisadas na burocracia estatal. O exemplo mais notório talvez seja a Rua Frederico Jensen, na Itoupavazinha.
No tempo escasso que a Covid-19 lhe concede para comunicar feitos e dar uma marca à gestão, Mário Hildebrandt projeta um futuro que seja compreensível aos eleitores — incluído aí o pacote de ajuda econômica a pequenas empresas a ser divulgado nos próximos dias — e consolida o discurso para enfrentar adversários que prometem uma campanha eleitoral belicosa.