Nunca nesta pandemia de Covid-19 tantos leitos de UTI em Blumenau estiveram ocupados por pacientes de outros municípios e regiões. São 23 pessoas transferidas aos hospitais Santa Catarina, Santa Isabel e Santo Antônio para lutar contra a doença, número que representa 37% das internações. Percentual bem superior ao recorde anterior, de 10 de dezembro, quando a proporção era de 25%. A regulação dos leitos de UTI é feita pelo governo do Estado.

Continua depois da publicidade

> Receba via Whatsapp as principais notícias de Blumenau e região.

> Blumenau decreta novas medidas restritivas contra a Covid-19.

Os números confirmam o que autoridades de saúde e epidemiologistas vêm alertando neste terceiro pico do coronavírus em Santa Catarina: a alta do contágio ocorre de maneira simultânea em todas as regiões. Conforme o governo estadual, na noite de domingo havia 222 catarinenses precisando de UTI, mas tendo de aguardar numa fila de espera.

Porém, os dados também permitem observar que o número de blumenauenses internados em UTIs com Covid-19 ainda não atingiu os patamares de dezembro e julho do ano passado. São 39 pacientes em tratamento intensivo. No fim de julho, esse número chegou a 62.

Continua depois da publicidade

Neste domingo (28), a média móvel diária de novos casos detectados em Blumenau atingiu 250 (considerados os últimos sete dias), menos do que em dezembro e julho. Ou seja, a cidade ainda não vive o pior momento da pandemia de Covid-19. Se a situação agravar-se nos próximos dias e semanas, pacientes da cidade encontrarão menos leitos à disposição para atendimento do que das outras vezes.

A prefeitura de Blumenau afirma contar com 66 leitos de UTI para Covid-19, mais 28 “leitos de guerra”, totalizando 94. Porém, não está claro quantos desses leitos podem, de fato, serem ativados, uma vez que os hospitais têm informado dificuldades para contratar pessoal. Além da falta de profissionais, o Ministério da Saúde não renovou habilitações de leitos de UTI em 2021 — que garantem o pagamento pelas internações via Sistema Único de Saúde (SUS). Tampouco há garantia de que o governo estadual arcará com os custos.

Receba textos e vídeos do colunista Evandro de Assis direto no WhatsApp. Basta clicar aqui.