O Lote 1 da duplicação da BR-470, em Navegantes, abocanhou 40% do investimento do governo de Santa Catarina em rodovias federais até agora. Cerca de R$ 41 milhões dos R$ 101 milhões já pagos às empreiteiras impulsionaram as máquinas no trecho litorâneo de 18 quilômetros. Contando os valores pagos para as empresas que fazem supervisão e gerenciamento ambiental, já são R$ 106 milhões gastos pelo Estado.
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O convênio com o Ministério da Infraestrutura prevê um total de R$ 465 milhões. Ele foi assinado em setembro do ano passado e os primeiros valores começaram a pingar em dezembro nas contas das empreiteiras contratadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
O Lote 2 da BR-470, entre Ilhota e Gaspar, consumiu R$ 18,6 milhões. O lote 3, até Blumenau, levou R$ 6,9 milhões, e o quarto e último trecho, até Indaial, recebeu R$ 4,5 milhões. Os números demonstram que a tese do governo catarinense sobre onde os recursos deveriam aportar estava correta. Como há menos terrenos para desapropriação, os lotes 1 e 2 avançam mais rápido.
Do governo federal, nem um real foi pago em 2022 até o momento para a duplicação da BR-470. Há R$ 8,5 milhões empenhados de um total de R$ 76 milhões que continuam no orçamento da União.
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Outras três rodovias estão no pacote estadual: as BRs 280, 285 e 163. Veja todos os valores já pagos às empreiteiras pelo governo do Estado na tabela acima.
Apesar dos avanços, mesmo o Lote 1, prometido pelo DNIT para ser entregue até julho, tem pendências insolúveis nesse prazo. Há trechos em que o solo mole ainda não estabilizou, gerando lacunas de terra no meio do asfalto duplicado.
E ainda há o problema do viaduto sobre a BR-101, que foi projetado sem alças de acesso e agora o custo extra pode ir parar no custo do pedágio.
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