Da Foz do Itajaí ao Alto Vale, virou marolinha a onda política renovadora que varreu Santa Catarina em 2018. Nas principais cidades da região, os eleitores preferiram governantes em exercício a candidatos da “nova política”. Em Itajaí, Volnei Morastoni (MDB). Em Rio do Sul, José Thomé (PSD). Em Blumenau, segundo turno entre Mário Hildebrandt (Podemos) e o ex-prefeito João Paulo Kleinübing (DEM).
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Em Pomerode, Ércio Kriek (DEM). Em Indaial, André Moser (PSDB). Em Gaspar, Kleber Wan-Dall (MDB). Em Timbó, Jorge Krueger (PP). Os eleitores do Médio Vale também deram votações expressivas aos prefeitos que pediram um novo mandato. Todos de partidos tradicionais.
O prolongamento do clima eleitoral de 2018, com discussões acirradas sobre todo e qualquer tema, — especialmente a pandemia de coronavírus — cansou a população. A palavra de ordem do primeiro turno foi continuidade, e não mudança.
A região que apoiou em peso Jair Bolsonaro (sem partido) à presidência e Carlos Moisés (PSL) para o governo agora optou por uma acomodação de forças políticas. Nenhuma cidade importante do Vale elegeu líder diretamente relacionado ao movimento bolsonarista.
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O que isso significa para o pleito de daqui dois anos? Quase nada. As motivações do eleitor na eleição municipal são distintas da nacional. No município, importam questões mais objetivas da vida cotidiana, enquanto a disputa pela presidência demarca as preferências ideológicas de cada um.
Os resultados de domingo no Vale do Itajaí ensinam, no entanto, que o humor do eleitor pode mudar em pouco tempo.
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