O Parque Beto Carrero tem o direito de promover uma Oktoberfest? Blumenau deve apoiar a iniciativa ou tratar como concorrente?

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A Secretaria de Turismo demorou para apresentar um Plano B à festa cancelada? Os empresários de Blumenau acomodaram-se ao aguardar direção vinda do poder público?

Todas essas questões desviaram a polêmica da semana do essencial, que o governo do Estado acaba de restabelecer: é seguro promover uma Oktoberfest, ainda que no modo Biergarten, em meio à pandemia de coronavírus? 

A resposta, infelizmente, é não.

Por mais que o Beto Carrero se esforce para demonstrar que não se trata de uma festa, a proposta tem estrutura de festa, programação de festa e clima de festa. Pode-se enquadrar as atrações diurnas como “tematização” do parque para outubro. Mas shows à noite, com cobrança de ingresso à parte, no português claro, é forçar a barra.

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Se o parque Vila Germânica solicitasse autorização para montar um palco e espalhar dezenas de mesas para uma minioktober, ninguém teria dúvida da resposta. Não é hora.

O risco da pandemia no Médio Vale e na Foz do Itajaí segue alto. Os números melhoraram, mas uma segunda onda de contágio é mais do que possível, é provável. A intensidade dela dependerá da responsabilidade de todos. Inclusive dos empresários.