A temporada de chuvas chegou a Santa Catarina, com El Niño e tudo, no momento em que há centenas de canteiros de obras paralisados no Estado. Seja pelo controverso Plano 1.000 de Carlos Moisés (Republicanos) ou por convênios em fase de checagem desde a troca de governo, máquinas e operários deixaram tudo pela metade porque o dinheiro parou de chegar. É um prejuízo certo que o governo catarinense está contratando.

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Em todas as regiões catarinenses há pontes inacabadas, ruas esperando pavimentação, construções incompletas… Tudo aguardando sinal verde de Florianópolis. Enquanto o governo faz contas, lida com as recomendações do Ministério Público e uma auditoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE) nos investimentos contratados, vão-se meses de obras interrompidas e expostas ao tempo.

É um festival de areia e barro à mercê da chuva, taludes que sofrem erosão, matéria-prima desperdiçada e, em muitos casos, insegurança para quem transita por perto. Empreiteiras e prefeituras já sabem que terão de refazer orçamentos quando as obras puderem ser retomadas. O contribuinte vai pagar essa conta, de um jeito ou de outro.

Por mais zeloso que o governo Jorginho Mello (PL) alegue ser com os recursos prometidos aos prefeitos por seu antecessor, a eventual economia aos cofres públicos pode acabar sendo inútil. O dinheiro poupado com um ou outro contrato problemático pode esvair-se, literalmente, em água. Seria mais produtivo investigar tudo com máquinas e operários trabalhando.

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